A obra é composta por dois narradores no qual narram uma investigação sobre a misteriosa morte de um antropólogo americano, um está no passado retratando o ano de 1939 o outro está no ano de 2002. Os tempos narrativos se oscilam. A obra apresenta questionamentos e suposições, porém traz poucas respostas. Na narrativa entre um relato e outro acaba desconstruindo a imagem romântica do índio brasileiro retratado na escola do Romantismo.
A narrativa é fictícia da realidade, com fantasias e ações. O primeiro narrador é narrador-investigador pois conta a história e um pouco sobre a pesquisa que ele fez sobre a mesma, o segundo narrador é Manuel Perna que relatam uma carta testamento as noves noites que passou em companhia de Buell Quain que se suicidou e Manuel decide investigar não somente sobre os motivos que ocasionaram a morte de Buell Quain, mas principalmente sobre o significado e as consequências da transferência de um jovem norte-americano para o interior das florestas brasileiras. O autor junta habilmente a realidade e a ficção, o romance e a investigação que desenvolveu sobre os índios e sobre o antropólogo.
O livro tem o objetivo de retratar o Brasil da década de 1930, destacando o modo de vida das comunidades indígenas, os conflitos com o restante da sociedade e as reverberações de tudo isso nos tempos atuais. A linguagem do livro é simples, concisa, objetiva, econômica e com períodos curtos.
Fica a indicação!